
O Parlamento de Israel elegeu na quarta-feira o antigo político de centro-esquerda Isaac Herzog como presidente do país, um papel essencialmente simbólico, mas que também almeja promover a união entre grupos étnicos e religiosos.
Herzog derrotou a candidata rival Miriam Peretz, educadora e mãe de dois soldados de infantaria israelenses mortos em combate, por 87 votos contra 26, numa votação parlamentar.
Herzog vai assumirá a Presidência no mês que vem, substituindo Reuven Rivlin, que está prestes a terminar o seu mandato de sete anos.
Eleito para o Kneset pela primeira vez em 2003, Herzog, de 60 anos, liderou o Partido Trabalhista e ocupou vários ministérios em governos de coligação. O seu cargo público mais recente foi o de chefe da Agência Judaica para Israel, que incentiva a imigração.
Derrotado pelo primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, num escrutínio em 2015 para o cargo de primeiro-ministro, Herzog foi escolhido como presidente no momento em que o seu antigo adversário enfrenta a possibilidade de ser afastado por uma aliança multipartidária da oposição.
A batalha pelo posto de primeiro-ministro provoca cisões na base da direita religiosa de Netanyahu. Muitos israelitas de esquerda exigem há muito tempo a sua saída, já que o governante está a ser julgado devido a acusações de corrupção, que Netanyahu nega.
Os confrontos do mês passado entre Israel e militantes palestinianos em Gaza também desencadeou uma rara vaga de violência popular entre a maioria judia e a minoria árabe dentro das cidades israelitas.
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