Os Estados Unidos da América pediram na quinta-feira que a Organização Mundial de Saúde conduza a segunda fase do processo de investigação sobre as origens do coronavírus, mas pede que especialistas independentes possam ter acesso ilimitado aos dados originais e às amostras em poder das autoridades chinesas.
Uma equipe liderada pela Organização Mundial de Saúde que passou quatro semanas na cidade e nos arredores de Wuhan em Janeiro e Fevereiro com investigadores chineses disse num relatório em Março que o vírus tinha provavelmente sido transmitido a partir de morcegos para humanos através de um outro animal, e que a “introdução através de um incidente em laboratório era considerada uma hipótese extremamente improvável”.
O presidente dos Estados Unidos da América, Joe Biden, ordenou aos seus assessores encontrem respostas para a origem do vírus que causa a Covid-19, dizendo na quarta-feira que as agências de inteligência dos EUA estão a analisar teorias rivais, incluindo a possibilidade de um acidente nas instalações do Instituto de Virologia de Wuhan.
O estudo inicial da OMS foi “insuficiente e inconclusivo”, segundo afirmou a missão dos Estados Unidos da América na ONU em Genebra numa nota na quinta-feira, pedindo a condução do que chamou de uma segunda investigação oportuna, transparente e baseada em provas, inclusive na República Popular da China: “É fundamental que a China ofereça a especialistas independentes acesso total aos dados originais e completos e as amostras relevantes para entendimento da fonte do vírus e do estágios iniciais da pandemia”, afirma a declaração dos EUA.
A China, através dos comentários feitos por um representante da sua embaixada nos Estados Unidos, disse na quinta-feira que apoia “um estudo abrangente de todos os casos iniciais da Covid-19 descobertos pelo mundo, e uma investigação minuciosa em bases secretas e laboratórios biológicos por todo o mundo”.
Mike Ryan, principal especialista em emergências da Organização Mundial de Saúde, disse na reunião anual de ministros de Saúde na quarta-feira que a agência especializada da ONU está ainda a ponderar “Fizemos consultas informais com muitos países membros para ver o que acontece na próxima fase. E vamos continuar a fazer essas discussões nas próximas semanas”.
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