Os estados membros e as instituições da União Europeia (UE) querem evitar que a retirada das medidas de apoio adoptadas pela pandemia de Covid-19 leve a uma onda de falências de empresas que arraste o sector bancário. O papel dos bancos deverá ser fundamental para financiar a recuperação económica.
Assim, Bruxelas defende a não retirada prematura da ajuda e a continuação do apoio aos sectores mais afectados pela crise, conforme reiterado neste sábado pelos 27 ministros da Economia e das Finanças numa reunião informal realizada em Lisboa, a primeira reunião presencial em seis meses.
“Manter um amplo apoio à liquidez por muito tempo acarretaria riscos orçamentários, mas devemos evitar uma retirada repentina, prematura ou descoordenada de medidas temporárias de apoio”, disse o vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, numa conferência de imprensa.
As medidas de apoio nacionais e europeias, como moratórias, linhas de garantia ou a política de juros baixos permitiram evitar uma avalanche de falências e que o crédito moroso -os vencidos há 90 dias ou irrecuperáveis- disparasse nos balanços: “Faremos o nosso melhor para manter as coisas assim, mas vai ser uma área que teremos de monitorizar”, disse Dombrovskis.
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