A delegação regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o continente europeu disse esta quinta-feira que as vacinas contra a Covid-19 que foram aprovadas até agora são eficazes contra “todas as variantes”.
No entanto, durante uma conferência de imprensa sobre a evolução da pandemia, o director regional da Organização Mundial de Saúde para a Europa, Hans Henri Kluge, pediu “cautela” e argumentou que a situação pandémica é uma “ameaça persistente” e com “novas incertezas”: “As vacinas podem ser a luz ao fundo do túnel, mas não podemos ser cegados por essa luz”, destacou Kluge.
A Organização Mundial de Saúde está a acompanhar de perto a evolução das quatro variantes mais proeminentes que detectou na Europa, as quais denomina “de interesse” ou “preocupantes”.
A variante dominante na região é a primeira detectada no Reino Unido, mas a variante indiana já foi relatada em 26 dos 53 países que constituem a região europeia da OMS.
A mutação indiana, por exemplo, propagou-se “em muitos casos” devido a viagens internacionais, embora a transmissão comunitária também tenha sido detectada.
A este respeito, Kluge destacou que as viagens internacionais não essenciais devem ser evitadas e mostrou-se céptico quanto à possibilidade da criação de “passaportes de vacinação”, embora tenha reconhecido que o turismo é uma fonte de rendimento vital para algumas regiões.
Por sua vez, a responsável da área de Emergências da OMS na Europa, Catherine Smallwood, advertiu que, num momento de “alta transmissão” como o actual – apesar do declínio na incidência regional – e com a “ameaça” de uma nova variante preocupante, é necessário ser “extremamente cuidadoso” e reflectir bem sobre qualquer decisão de desconfinamento: “Temos de redobrar todos os esforços”, destacou Smallwood, que se mostrou a favor da manutenção dos requisitos de viagem, tais como testes e quarentenas em certas situações.
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