
A agência antitruste dos Estados Unidos da América, a FTC, adiantou na segunda-feira que pessoas que se fizeram passar por Elon Musk roubaram mais de 2 milhões de dólares de investidores desde Outubro de 2020 em golpes associados a criptomoedas.
Esse tipo de golpe é baseado na “promessa de que uma celebridade associada a criptomoedas irá multiplicar as criptomoedas que você enviar para sua carteira e depois devolvê-las com lucros extraordinários”, de acordo com a FTC.
As publicações no Twitter e as declarações públicas de Elon Musk, fundador da Tesla – gigante americana da fabricante de veículos eléctricos – costumam fazer a cotação de várias criptomoedas reagir fortemente.
O entusiasmo de Musk pelo bitcoin, por exemplo, contribuiu para a ascensão meteórica dessa moeda nos últimos meses.
Porém, na semana passada, o bilionário anunciou que a Tesla deixaria de aceitar o bitcoin como forma de pagamento, considerando que a moeda virtual, cuja criação requer uma quantidade enorme de energia, é muito poluente.
Na noite de domingo, em resposta a uma publicação no Twitter, Musk sugeriu que a sua empresa poderia até ver-se livre das bitcoins que tem em seu poder, fazendo com que o activo tecnológico alcançasse a sua cotação mais baixa desde Fevereiro: “Para acabar com qualquer especulação, a Tesla não vendeu nenhum bitcoin”, afirmou Musk na segunda-feira na rede social, o que fez com que o preço da cripotmoeda recuperasse.
O apoio fervoroso de Musk ao dogecoin também aumentou o valor dessa criptomoeda, que foi originalmente criada como uma piada.
O interesse crescente em criptomoedas foi acompanhado por um grande aumento nas tentativas de golpes.
De acordo com a FTC, 7.000 pessoas declararam perdas no valor de mais de 80 milhões de dólares nesta área entre Outubro e Março do ano passado.
Em comparação com o mesmo período do ano anterior, as reclamações aumentaram quase 12 vezes e a quantidade de dinheiro roubado aumentou quase 1.000 por cento .
A perda média de um golpe de criptomoeda é de 1.900 dólares, disse a FTC, observando que as pessoas entre 20 e 49 anos são as mais propensas a serem enganadas.
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