O presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, disse esta segunda-feira que vê o seu último ano no cargo como a última oportunidade de se alcançar uma paz duradoura com a Coreia do Norte e que é hora de agir, numa altura em que as conversas travadas a respeito dos programas nuclear e de mísseis de Pyongyang estão em águas de bacalhau.
Os comentários feitos por Moon num discurso que marcou o quarto ano de sua Presidência ocorreram antes da sua primeira cimeira com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em Washington no dia 21 de Maio.
Acredita-se que o presidente sul-coreano vai pressionar os Estados Unidos da América a se engajarem com a Coreia do Norte, mas Biden mostra pouco interesse em fazer do recluso país asiático uma prioridade: “Considerarei o ano que resta do meu mandato como a última oportunidade de passar de uma paz incompleta a uma que seja irreversível”, disse Moon. “Agora, o momento das longas deliberações também está a chegar ao fim. É hora de agir.”
O governo Biden disse que a aproximação a Pyongyang não surtiu resposta e que recentemente finalizou uma revisão de directrizes que pediu uma abordagem “prática” de uso da diplomacia para objetivos alcançáveis, persuadindo a Coreia do Norte futuramente a abdicar das suas armas nucleares.
Moon disse que saudou a conclusão da revisão das directrizes e que ela demonstrou uma “visão de que o impasse actual no diálogo não é desejável”.
Mas Biden não dá sinais de relaxamento das sanções, o que prejudica os esforços de Moon de lançar projectos económicos e turísticos com seu vizinho do norte, e a Casa Branca não nomeou um enviado especial para cuidar do tema.
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