A Espanha vai estudar os efeitos da aplicação de duas doses de vacinas diferentes contra a Covid-19, disseram investigadores do governo esta segunda-feira, em reacção às mudanças nas directrizes sobre a segurança do imunizante da AstraZeneca.
Assim como diversos outros países europeus, a Espanha tem restringido a vacina produzidas pela farmacêutica anglo-sueca a pessoas de mais de 60 anos porque as agências reguladoras ligaram o fármaco a uma forma rara de coágulo cerebral, principalmente em mulheres mais jovens.
“Depois das decisões tomadas por várias autoridades de saúde pública europeias de suspender o uso da vacina AstraZeneca em pessoas com menos de 60 anos, estamos a agir para encontrar urgentemente indícios científicos que apoiem a tomada de decisão sobre possíveis alternativas”, disse Raquel Yotti, directora do Instituto de Saúde Carlos III, em conferência de imprensa.
O teste analisará uma amostragem de 600 pessoas de todas as idades em toda a Espanha, explicou Jesus Frias Iniesta, coordenador de investigações clínicas do Carlos III.
“O objetivo do estudo é… determinar dentro de 28 dias se uma segunda dose da vacina da Pfizer pode ser administrada a pacientes que receberam a vacina da AstraZeneca”, disse.
Um estudo britânico sobre mistura de vacinas foi ampliado na semana passada para incluir doses dos imunizantes da Moderna e da Novavax, enquanto França e Alemanha estão a ponderar oferecer uma alternativa a pessoas de menos de 60 anos que receberam uma primeira dose da AstraZeneca.
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