O Movimento pela Democracia (MPD) ganhou as eleições legislativas que se realizaram no domingo em Cabo Verde, o que permite ao primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, voltar a formar Governo, de acordo com os resultados provisórios publicados na última madrugada pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) do arquipélago da Morabeza.
Com mais de 97 por cento dos votos apurados, o MPD – um partido de centro-direita – contava já com 49,1 por cento, mas também com quase a certeza de obter mais dois assentos parlamentares relativos à diáspora cabo-verdiana.
Desta maneira, o partido consegue com 36 deputados (menos dois do que nas eleições de 2016) um novo mandato de cinco anos para dirigir o arquipélago, bastião da democracia no continente, durante os próximos cinco anos.
O Partido da Independência Africana de Cabo Verde (PAICV, socialista), a principal força da oposição, obteve 30 lugares no Parlamento, mais um em comparação com as eleições anteriores. Apesar de ter melhorado a performance, a líder do PAICV, Janira Hoppfer Almada, anunciou esta segunda-feira a demissão.
No seu discurso triunfal, o chefe do MPD ressaltou que o seu partido conseguiu “uma grande vitória” e liderou “uma boa luta” em nome de Cabo Verde.
Ulisses Correia e Silva destacou a “difícil situação” atravessada pelo país depois de três anos de seca e devido à “enorme crise provocada pela pandemia de Covid-19”, que atingiu o sector do turismo, fundamental para a sua economia.
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