A Austrália e as Filipinas limitaram o uso da vacina contra Covid-19 da AstraZeneca a quinta-feira e a União Africana (UA) descartou os planos que tinha para adquirir o imunizante, impondo novos contratempos à esperança que a empresa depositava em poder oferecer uma vacina acessível a todo o mundo.
A vacina, desenvolvida com a Universidade de Oxford e considerada uma pioneira na corrida global por vacinas, tem vindo a ser assolada por preocupações de segurança e problemas ao nível do abastecimento desde que resultados de um estudo de estágio avançando foram publicados em Dezembro.
A Indonésia é o país mais recente que foi obrigado a procurar doses de outras farmacêuticas que desenvolveram a vacina. As Filipinas suspenderam o uso de vacinas da AstraZeneca para pessoas de menos de 60 anos depois de a agência reguladora de medicamentos da Europa ter dito na quarta-feira que encontrou casos raros de coágulos sanguíneos em adultos inoculados, embora as vantagens da vacina ainda superem os riscos.
A Austrália recomendou que pessoas de menos de 50 anos recebam a vacina contra Covid-19 da Pfizer ao invés da solução desenvolvida pela AstraZeneca, uma mudança de directriz que vai atrasar a campanha de inoculação promovida pelas autoridades.
A Uniãp Africana está a avaliar outras opções com a Johnson & Johnson, já que descartou os planos de adquirir a vacina da AstraZeneca produzida pelo Instituto Serum da Índia, disse o responsável pelo Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da África a repórteres.
Mais de uma dúzia de países suspendeu o uso da vacina total ou parcialmente, primeiro devido a preocupações a respeito de sua eficácia em pessoas mais velhas e agora devido aos receios de efeitos colaterais raros em pessoas mais jovens.
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