O Reino Unido aconselhou esta sexta-feira que os seus cidadãos deixem o Myanmar, por entre crescentes preocupações internacionais com a repressão cada vez mais violenta dos protestos contra o golpe de Estado.
Um comunicado divulgado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros recomenda aos britânicos que “abandonem o país por meios comerciais, excepto nos casos em que tenham necessidade urgente de permanecer”.
A Associação para a Assistência aos Presos Políticos no Myanmar denunciou que pelo menos 60 civis morreram desde o início dos protestos, após o golpe de Estado de 1 de Fevereiro que derrubou o governo civil de Aung San Suu Kyi.
A organização de defesa dos direitos humanos Amnistia Internacional denunciou “execuções extrajudiciais” e o uso de armas de guerra.
O golpe de Estado, que usou como pretexto supostas fraudes eleitorais nas legislativas de Novembro, ganhas pelo partido de Aung San Suu Kyi, a Liga Nacional para a Democracia (LND), acabou com uma década de transição democrática no Myanmar.
O Conselho de Segurança da ONU, por unanimidade dos seus 15 membros – entre eles a China e a Rússia, aliados tradicionais dos generais birmaneses – criticou a violência do regime do Myanmar e pediu “máxima moderação”.
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