Em ano de pandemia, a população de Macau cresceu com menos fulgor do que era habitual, mas cresceu ainda assim. No final do ano passado, a população do território era de 683 100 pessoas, um aumento de 3500 face a Dezembro de 2019. O retrato demográfico da RAEM foi esta segunda-feira traçado pela Direcção dos Serviços de Estatísticas e Censos.
Da análise feita pelo organismo, destaque para o agudizar de uma tendência – o envelhecimento da população – que desde há vários anos preocupa as autoridades loais. De acordo com os dados avançados pela DSEC, o índice de envelhecimento da população do território cresceu 97,1 por cento em 2020: as pessoas com 65 anos ou mais representavam 12,9 por cento do total da população, percentagem que denota um crescimento de mais de um ponto percentual em termos anuais. Os adultos – a fatia da população com idade compreendida entre os 15 e os 64 anos – perfaziam no final de Dezembro 73,8 por cento do total, menos 1,1 pontos percentuais face aos valores relatados em 2019.
A população local, indicador estatístico que não abrange os trabalhadores não residentes (TNR), nem os estudantes não residentes, ambos domiciliados em Macau, era de 564.100 pessoas, mais 1,6 por cento relativamente ao ano anterior. Desta, 53,3 por cento eram mulheres, no final de 2020.
A população idosa (com 65 anos ou mais) e a população jovem (dos zero aos 14 anos) eram 15,7 por cento e 16,1 por cento, respectivamente. O índice de dependência dos idosos locais fixou-se em 22,9 por cento: um idoso era em Dezembro de 2020 sustentado por cerca de cinco adultos.
Durante todo o ano de 2020, nasceram 5.545 pessoas nos dois hospitais do território, menos 434 nascimentos em termos anuais. Durante o mesmo período registaram-se 2.230 óbitos, 52 a menos do que em 2019. No ano passado, morreram mais homens do que mulheres em Macau: do total dos óbitos registados no território, 56,8 por cento eram homens.
O retraro demográfico de Macau no ano da pandemia fica completo com a referência aos trabalhadores não-residentes. No final do ano passado, a RAEM contava com 177.663 não-residentes, migrantes cuja autorização de permanência no território está dependente de um contrato de trabalho válido. O número revela uma queda significativa em comparação com o final de 2019, com menos 18.875 TNR’s a exercer actividades laborais em Macau.
Dos TNR, 44.555 trabalhavam em hotelaria, restaurantes e similares, menos 10.193, em termos anuais, e 26.984 trabalhavam no ramo da construção, menos 2.403.
No final de 2020, o número de agregados familiares era de 199.700, mais 2.200, comparativamente com o final de 2019, adianta ainda a DSEC.
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