As autoridades francesas vão passar a administrar a vacina da AstraZeneca também a pessoas com mais de 65 anos de idade, para além de vacinar aquelas abaixo dessa faixa etária com esta solução. A decisão tem por base os resultados “muito encorajadores” de um estudo realizado na Escócia.
A Alta Autoridade de Saúde, organismo que aconselha o Governo francês, emitiu esta terça-feira um parecer em que defende que se justifica estender o uso da vacina da AstraZeneca “a pessoas com mais de 65 anos”.
A HAS destacou que o estudo mostra que a vacina reduz “significativamente” o risco de internamento, qualquer que sejam as faixas etárias.
Especificamente, recordou que a redução no número de internamentos é de 85 por cento para o grupo de 18 a 64 anos, 79 por cento para o grupo de 65 a 79 anos e 81 por cento para idosos com idade superior a 80 anos.
Com base nesse parecer, o ministro da Saúde francês, Olivier Véran, já tinha adiantado esta segunda-feira que a vacina da AstraZeneca também seria utilizada para o grupo de pessoas com idade compreendida entre os 65 e os 75 anos.
Véran destacou que, para maiores de 75 anos, as vacinas da Pfizer e Moderna continuarão a ser administradas. Para a HAS, no entanto, não há razão para que pessoas com idades superior a 75 anos não possam receber a AstraZeneca.
Também com base nos resultados na Escócia, a agência francesa recomenda 12 semanas entre as duas doses da AstraZeneca.
A HAS confirmou o seu conselho, agora assumido pelo Governo francês, de que as pessoas que entraram em contacto com o vírus e tiveram um teste ou teste sorológico positivo devem receber uma única dose da vacina, desde que estejam totalmente imunizadas.
Para acelerar a campanha de vacinação, também foi recomendado que qualquer uma das vacinas já licenciadas (Pfizer/BioNTech, Moderna e AstraZeneca) possam ser injectadas não apenas por médicos, mas também por farmacêuticos, enfermeiras e parteiras.
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