A reserva financeira de Macau registou durante o ano transacto rendimentos de 31,06 mil milhões de patacas, tendo obtido uma rentabilidade anual de 5,3 por cento. Trata-se de uma margem recorde de rentabilidade, explicaram esta semana as autoridades de Macau.
Os lucros obtidos com os investimentos feitos pelas autoridades representam “o mais elevado recorde da História, em termos de montante”, anunciou a Autoridade Monetária de Macau. Ao longo dos últimos cincos anos, a rendibilidade anual média da reserva financeira do território ficou-se pelos 3,1 por cento.
Em 2019, os valores dos capitais da reserva financeira totalizavam os 579 mil milhões de pataca. Em 2020, e de acordo com o mesmo organismo, “os valores dos capitais da Reserva Financeira aumentaram 6,3 por cento, em comparação com o ano anterior, fixando-se em 616,12 mil milhões de patacas”.
Os resultados, considera a Autoridade Monetária de Macau, são tanto mais surpreendentes quanto o facto das autoridades terem conseguido “a preservação e valorização” dos capitais da Reserva Financeira num contexto tido por todos como “extremamente desfavorável”. Os bons resultados, justifica o organismo, foram alcançados “através da afetação prudente e da cobertura de riscos, bem como da aplicação de fundos em mercados com crescimento potencial”.
No que diz respeito a 2021, a Autoridade Monetária considera que a recuperação económica global continua a depender de muitas variáveis; o facto de “os mercados monetários terem registado taxas de juro muito baixas ou mesmo negativas” é, no entender do organismo, um dos principais factores de incerteza.
Para fazer frente ao impacto da pandemia de Covid-19, o Governo viu-se obrigado a complementar o Orçamento com dinheiro da reserva financeira de modo a suportar a despesa extraordinária com o pacote de estímulos à economia. A decisão reflectiu-se num plano sem precedentes de fomento, que se traduziu por ajudas e benefícios fiscais, quer à população, quer às Pequenas e Médias Empresas.
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