Os líderes dos Executivos da União Europeia vão acertar na quinta-feira a manutenção das restrições a viagens não-essenciais dentro do bloco europeu, apesar do Executivo comunitário ter pedido a seis países que aliviem as restrições fronteiriças na terça-feira.
Medidas unilaterais tomadas por países membros da União Europeia para combater a propagação de novas variantes do coronavírus interromperam o fluxo de bens e produtos no mercado comum do bloco composto por 27 países, arriscando até o encerramento de partes da fronteira entre França e Alemanha.
Esboços das conclusões para uma videoconferência de líderes da União Europeia na quinta e na sexta-feira, a que a agência Reuters teve acesso, dizem que os governos deverão concordar que as viagens não essenciais no bloco precisam de continuar a ser limitadas já que o risco de contágio por Covid-19 continua sério e as novas variantes do vírus representam desafios adicionais.
“As medidas restritivas em relação a viagens não essenciais ainda podem ser necessárias para conter a propagação do vírus”, defendeu o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, numa uma carta escrita aos líderes governamentais da União Europeia antes da reunião.
A Comissão Europeia, que representa o Poder Executivo no bloco comunitário, procura uma abordagem coordenada para as restrições fronteiriças entre diferentes Estados da União Europeia. A comissão disse na terça-feira que deu 10 dias para que a Bélgica, a Dinamarca, a Finlândia, a Alemanha, a Hungria e a Suécia justifiquem as suas restrições unilaterais, que segundo o comissário de Justiça, Didier Reynders, tinham “ido longe demais”.
Um porta-voz da Comissão Europeia disse que o bloco arrisca “fragmentação e interrupções ao livre movimento e para as cadeias produtivas – algo que testemunhamos de novo nas últimas semanas”.
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