O primeiro-ministro, António Costa, reúne-se esta segunda-feira de novo com epidemiólogos e especialistas para abordar os mais recentes indicadores relativos à pandemia de coronavírus no país e decidir que medidas serão adoptadas para as próximas semanas.
O encontro, que decorre por videoconferência, conta com a participação do presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, e de outras figuras de peso da política portuguesa, como o presidente do Parlamento, Eduardo Ferro Rodrigues.
Estes encontros, que se costumam realizar de duas em duas semanas, têm como objectivo analisar a evolução da pandemia durante o período e ajudar o Governo a decidir, com o conselho de especialistas, que novos passos dar para a quinzena seguinte.
Portugal encontra-se em estado de emergência e sob confinamento até pelo menos 1 de Março para controlar a terceira vaga de coronavírus. Em Janeiro a doença deixou as unidades hospitalares do país à beira do colapso.
A situação estabilizou desde então. No domingo foram registados 65 óbitos, o número de mortes mais baixo desde 28 de Dezembro, e 1.186 novos contágios, o número mais baixo desde Outubro.
Trata-se de uma queda nos números muitos expressiva quando comparada com o descalabro atingido em Janeiro, naquele que foi o pior mês da pandemia no país, quando se chegaram a registar mais de 16.000 novos casos e 300 mortes diárias.
Apesar da melhoria, espera-se que os especialistas ouvidos pelo Governo recomendem o prolongamento do Estado de Emergência pelo menos até meados de Março.
O Executivo liderado por António Costa tem vindo a repetir nos últimos dias que é “prematuro” propor uma data para desconfinar e evita criar qualquer expectativas sobre o assunto antes que a pressão hospitalar atinja valores mais baixos.
No domingo havia 3.316 pacientes hospitalizados com Covid-19 em Portugal, 638 dos quais nos cuidados intensivos. Se os números continuarem a baixar, a previsão é começar a definir metas concretas a partir das quais se possa pensar em aliviar as restrições.
Quando as restrições começarem a ser aliviadas, os primeiros a voltar à atividade normal deverão ser os alunos e as escolas, fechadas desde 22 de Janeiro, considerou este fim de semana a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva.
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