O Ministério Público arquivou a investigação de que foram alvo as filhas do deputado Au Kam San. As duas irmãs foram detidas a 4 de Junho no Largo de São Domingos, depois das autoridades locais terem proibido a vigília em memória das vítimas da Praça da Paz Celestial. A notícia foi esta quinta-feira avançada pelo canal em língua portuguesa da Rádio Macau.
A decisão de cancelar a vigília evocativa do Massacre de Tiananmen pela primeira vez em três décadas foi justificada pelas autoridades do território com as esforços de prevenção da Covid-19.
Na noite de 4 de Junho, as autoridades de Macau montaram um grande aparato policial no Largo do Senado para garantir que os pressupostos de combate à pandemia eram cumpridos. As duas residentes participaram, no interior de um apartamento, numa vigília simbólica de homenagem às vítimas dos acontecimentos da Praça das Paz Celestial e dirigiram-se depois para o Largo de São Domingo, onde se sentaram em silêncio. As jovens acabaram por ser detidas por agentes da Polícia de Segurança Pública, que acabaram por apreender duas velas e um livro sobre Tiananmen .
Hong Kong e Macau, as duas Regiões Administrativas Especiais Chinesas, são os únicos locais na China onde eram até agora autorizadas manifestações e eventos evocativos do massacre de Tiananmen, ocorrência que continua a não ser reconhecida por Pequim.
Na antiga colónia britânica, a vigília atrai dezenas de milhares de pessoas no Victoria Park e em Macau, habitualmente, algumas dezenas.
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