A Directora dos Serviços de Turismo, Maria Helena de Senna Fernandes, admitiu esta quarta-feira que o melhor cenário em termos de visitantes passa por atrair apenas um quarto dos visitantes que Macau recebia antes da pandemia de Covid-19 ter imposto um travão à atividade turística.
Senna Fernandes prognosticou, numa conferência de imprensa, que a previsão das autoridades do território é de que a RAEM encerre o ano de 2021 com um número de visitantes compreendido entre os seis e os dez.
Na projecção esta quarta-feira avançada, o Governo admite perdas de entre 74 a 84 por cento dos quase quarenta milhões de visitantes que o território recebeu em 2019, antes do novo coronavírus se ter tornado uma ameaça à escala global: “Com os números de Janeiro, não estamos a ver possibilidade de um aumento grande do número de visitantes ainda este ano”, afirmou a directora da DST, à margem da conferência de imprensa anual da Direcção dos Serviços de Turismo. O certame serviu para que o organismo divulgasse um balanço do trabalho efetuado em 2020 e dos planos das autoridades para este ano.
Helena de Senna Fernandes manifestou-se, ainda assim, esperançada de que o segundo semestre possa ser melhor, à medida que o processo de vacinação, quer em Macau, quer na China continental for avançando. A China é, recorde-se, o maior mercado turístico do território. É preciso assegurar uma “grande proporção da população vacinada, antes de se poder relaxar qualquer controlo das fronteiras”, salientou a responsável.
Noutros anos, o Ano Novo Lunar chinês, contribuía de forma muito significativa para os bons resultados do turismo e da indústria do jogo no território, mas em Janeiro a China registou mais casos e surtos locais, ocorrências que levaram o Governo central a desaconselhar viagens.
A cautela de Pequim justifica a estimativa conservadora de Macau para o número de visitantes durante o período do Festival da Primavera: as autoridades esperarem apenas “16 a 20 mil visitantes por dia nos sete dias do Ano Novo Chinês”, entre 11 e 17 de Fevereiro, projectando uma taxa média de ocupação hoteleira de 30 por cento.
Na conferência de imprensa, as autoridades locais indicaram que o orçamento para a DST este ano será de 370,7 milhões de patacas, apenas menos um por cento em relação a 2020.
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