Macau perdeu 19 mil trabalhadores não-residentes em 2020

O território viu o contingente de mão-de-obra não-residente recuar em quase 19 mil  pessoas desde o início da pandemia, de acordo com as informações esta segunda-feira divulgadas pela Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL). De acordo com o organismo,  a maior parte dos não-residentes que abandonaram Macau são oriundos da República Popular da China.

As autoridades locais anunciaram o primeiro caso de infecção por Covid-19 fez a 22 de Janeiro um ano. A pandemia ainda não teve custos humanos em Macau, mas o impacto económico da crise de saúde pública afectou directa e indirectamente milhares de pessoas, sendo que os mais afastados têm sido precisamente os trabalhadores não-residentes.

No final do ano de 2019, Macau contabilizava 196.538 trabalhadores não-residentes. Já no final do mês passado, a Região Administrativa Especial registava 177.663, ou seja, menos 18.875 titulares de blue card. Os trabalhadores oriundos da República Popular da China foram os que viram o seu contingente diminuir de forma mais expressiva. Se no final de 2019 eram 122.534, um ano depois os Serviços para os Assuntos Laborais registaram apenas 112.214, ou seja, menos 10.320.

De acordo com os dados oficiais, o número de trabalhadores filipinos e vietnamitas, as segundas comunidades mais relevantes entre os não-residentes, diminuiu de 33.781 para 31.228 e de 14.804 para 12.491, respectivamente.

Em Fevereiro do ano passado, o Governo avançou com uma série de medidas de contenção da pandemia: enviou os trabalhadores para casa e mandou encerrar os casinos durante 15 dias, decisão que levou à quase total paralisação da economia.

Depois de ter estado cerca de sete meses sem detectar qualquer caso de contágio, a Direcção dos Serviços de Saúde anunciou na sexta-feira a detecção de um novo caso, importado.

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