O ainda presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, planeia emitir cerca de uma centena de indultos e comutações de sentenças no seu último dia no cargo, 20 de Janeiro, mas não se vai incluir a ele próprio, segundo informou esta segunda-feira a CNN.
De acordo com a CNN, que afirma ter falado com três pessoas próximas do assunto, as acções de clemência incluem vários criminosos de “colarinho branco” e rappers conhecidos. A Casa Branca, ainda sob a presidência de Trump, realizou uma reunião no domingo para elaborar esta lista de indultos.
O presidente cessante, que tinha assinado um grande número de indultos e comutações de sentenças a um ritmo constante durante o Natal, deixou de o fazer nos dias antes e depois dos distúrbios de 6 de Janeiro, data do assalto ao Capitólio.
De acordo com a CNN, vários dos conselheiros de Trump asseguram que o presidente se centrou durante esses dias na recontagem do Colégio Eleitoral, o que o impediu de tomar decisões finais sobre os indultos.
Os funcionários da Casa Branca esperavam que este trabalho fosse retomado após 6 de Janeiro, mas Trump decidiu não o fazer depois de ter sido acusado de incitar os distúrbios. Inicialmente estavam prontas a ser implementadas duas listas de pessoas indultadas, uma para o final da semana passada e outra para terça-feira.
Os funcionários esperam agora que esta última lista de domingo seja a única que resta, a menos que Trump decida no último minuto conceder perdões a aliados envolvidos em controvérsia, membros da família ou a si próprio.
Espera-se que o último lote de acções de clemência inclua uma combinação de perdões destinados à reforma da justiça penal e outros mais controversos obtidos ou distribuídos a aliados políticos, de acordo com a CNN.
Os perdões são um dos elementos que Trump deve completar antes de terminar a sua presidência e entregar as chaves da Casa Branca a Joe Biden.
Os distúrbios de 6 de Janeiro, que levaram ao segundo julgamento político de Trump, complicaram o seu desejo de se perdoar a si próprio, aos seus filhos e ao seu advogado pessoal, Rudy Giuliani, de acordo com as fontes consultadas pela CNN.
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