
Um homem fortemente armado foi detido na sexta-feira em Washington enquanto tentava passar por um dos muitos postos de controlo perto do Capitólio, onde o presidente eleito dos Estados Unidos da América, Joe Biden, vai tomar posse dentro de alguns dias, de acordo com um relatório policial consultado pela AFP.
Wesley Allen Beeler, da Virgínia, foi interceptado a poucos metros das instalações do Congresso dos Estados Unidos na noite de sexta-feira. A polícia encontrou uma pistola carregada e mais de 500 cartuchos de munições com o homem, que foi detido.
O suspeito tentou usar uma credencial falsa para ter acesso à área restrita onde vai ser realizada a cerimónia, de acordo com um documento apresentado ao Tribunal Superior de Washington, DC.
Beeler foi preso por acusações que incluem porte de arma de fogo não registada e porte ilegal de munições, de acordo com o relatório.
“Foi um erro de boa fé”, disse Beeler ao jornal Washington Post após ser libertado. “Parei num posto de controlo depois de me perder em Washington porque sou um menino do interior. Mostrei a eles a credencial de acesso à cerimónia que me tinham dado”, acrescentou.
Perante o violento ataque ao Capitólio conduzido por apoiantes de Trump a 6 de Janeiro, Washington tomou uma série de medidas nos últimos dias e parece um campo de guerra, com blocos de betão e arame farpado espalhados por toda a cidade.
Nas vésperas da cerimónia de tomada de posse do democrata Joe Biden, a 20 de Janeiro, as autoridades temem novos problemas não apenas na capital americana, mas também em outros pontos do país.
Membros da Guarda Nacional foram mobilizados em vários estados e barreiras foram erguidas em torno de alguns parlamentos locais, como na Califórnia e no estado de Minnesota.
Normalmente, a cerimónia de tomada de posse é uma oportunidade para centenas de milhares de americanos irem à Washington a cada quatro anos e comprarem todos os tipos de produtos com a imagem do presidente, antes de vê-lo prestar juramento na escadaria do Capitólio.
O evento, porém, terá um sabor especial este ano: o Passeio Nacional, a vasta esplanada ao pé do prédio do Congresso, será fechado ao público.
Somente pessoas credenciadas poderão entrar na área e é provável que o número de militares que patrulham a capital ultrapasse o número de espectadores.
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