Regime norte-coreano exibe novo míssil balístico

In this Sunday, Dec. 29, 2019, photo provided Monday, Dec. 30, by the North Korean government, North Korean leader Kim Jong Un speaks during a Workers’ Party meeting in Pyongyang, North Korea. North Korea opened Saturday, on Dec. 28, a high-profile political conference to discuss how to overcome “harsh trials and difficulties," state media reported Sunday, days before a year-end deadline set by Pyongyang for Washington to make concessions in nuclear negotiations. Independent journalists were not given access to cover the event depicted in this image distributed by the North Korean government. The content of this image is as provided and cannot be independently verified. Korean language watermark on image as provided by source reads: "KCNA" which is the abbreviation for Korean Central News Agency. (Korean Central News Agency/Korea News Service via AP)

A Coreia do Norte exibiu um míssil balístico que pode ser lançado a partir de submarino num desfile militar que decorreu esta sexta-feira em Pyongyang, noticiou a agência oficial KCNA, a poucos dias da posse de Joe Biden nos Estados Unidos da América.

O desfile materializou-se em comemoração fo congresso do Partido dos Trabalhadores, que não acontecia há cinco anos e no qual o líder norte-coreano Kim Jong Un afirmou que os Estados Unidos da América são “o principal inimigo” de seu país: “A arma mais poderosa do mundo, o míssil balístico lançado de um submarino, entrou na praça, um após o outro, demonstrando fortemente o poder das forças armadas revolucionárias”, escreceveu a agência KCNA.

O desfile também exibiu projécteis com “poderosa capacidade de ataque para aniquilar totalmente os inimigos, de forma preventiva, fora do território”, acrescentou o órgão oficial. “As majestosas unidades de elite e as fileiras invencíveis da República que orgulhosamente cruzarão a praça Kim Il Sung representam o nosso poder absoluto”, disse o ministro da Defesa, Kim Jong Gwan, antes do desfile, de acordo com a mesma fonte.

Alguns especialistas acreditam que a Coreia do Norte está a aproveitar o congresso do partido no poder para enviar uma mensagem ao próximo governo dos Estados Unidos da América, com a ideia de obter concessões.

Kim Jong Un e Donald Trump tiveram um relacionamento tumultuoso, que foi dos insultos e das ameaças de guerra à realização de várias cimeirass diplomáticas nas quais o presidente norte-americano elogiou o líder norte-coreano.

Mas, no final, pouco progresso foi feito nas negociaçoes entre os dois países e o processo está paralisado desde o fiasco da última cimeira, realizada em Hanói em Fevereiro de 2019. A iniciativa tropeçou na espinhosa questão de suspender as sanções contra Pyongyang e os compromissos que o regime norte-coreano teria que assumir.

A mudança de governo nos Estados Unidos representa um desafio para a Coreia do Norte, já que Biden costuma ser associado à “paciência estratégica” demonstrada pelo governo Obama. Além disso, o presidente eleito chamou Kim de “valentão” durante os debates presidenciais.

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