Macau. Controlo da pandemia abre portas à recuperação económica

A resposta de Macau à pandemia de Covid-19 foi peremptória e atempada e o território deverá conseguir recuperar a senda da recuperação económica sem grandes problemas assim que a crise de saúde pública for parte do passado. O vaticínio foi traçado esta quarta-feira pelo Ministro da Cultura e do Turismo da República Popular da China, Hu Heping, durante uma intervenção no Fórum Global de Economia Turística.

O governante considera que Macau “respondeu à pandemia em tempo oportuno” e que a celeridade da resposta explica porque razão a propagação do vírus foi contida com tanta eficácia.

Com o primeiro de 46 casos registado a 22 de Janeiro, o território adoptou várias medidas sanitárias para controlar  a propagação do SARS-CoV2, a mais emblemática das quais foi o encerramento dos casinos por um período de duas semanas. As autoridades implementaram ainda um plano de distribuição de máscaras e fortes medidas de controlo fronteiriço.

O esforço mostrou-se bem sucedido, com a RAEM a não registar qualquer caso desde 26 de Junho. Durante o Fórum Global de Economia Turística, Hu Heping mostrou-se convicto que “a economia de Macau vai recuperar rapidamente com o apoio do Governo Central” e “demonstrar melhor do que nunca o seu papel de centro mundial de turismo assim como o seu papel de cooperação entre a China e os países de língua portuguesa”.

O Ministro da Cultura e do Turismo da República Popular da China lembra que o país  foi o “primeiro a controlar a pandemia e a primeira potência a relançar a sua economia”.

Também no Fórum, que está a decorrer tanto com eventuais presenciais, como através da Internet, o secretário-geral da Organização Mundial de Turismo, Zurab Pololikashvili, sublinhou que “Macau emergiu como um líder turístico”.

Já a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Elsie Ao Ieong U lembrou que “de acordo com os dados da Organização Mundial de Turismo, nos primeiros oito meses de 2020, o número de visitantes internacionais caiu 70 por cento, a indústria turística foi globalmente fortemente atingida”: “Enquanto destino internacional de turismo, os sectores predominantes de Macau do turismo e do jogo foram profundamente afectados este ano, com as receitas a registarem uma acentuada diminuição”, afirmou.

As medidas antiepidémicas em Macau paralisaram praticamente a economia, quase exclusivamente dependente da indústria dos casinos e do turismo chinês.

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