O Governo português realizou na noite desta terça-feira um Conselho de Ministros extraordinário para delinear um plano de restruturação da companhia aérea de bandeira do país, cujo maior acionista é o Estado português. O plano prevê uma injecção de 1.600 milhões de euros na TAP até 2024.
O plano, que será apresentado esta quinta-feira à Comissão Europeia, será partilhado esta quarta-feira pelo Governo com os diferentes partidos políticos do arco parlamentar.
A TAP sofreu de forma severa as consequências económicas da pandemia, com uma redução de nove milhões de passageiros de Janeiro a Setembro de 2020, o que representa uma queda de 70 por cento face a igual período do ano passado.
De acordo com a imprensa portuguesa, o plano deverá implicar o despedimento de cerca de 3.000 pessoas, entre pilotos, tripulantes, trabalhadores de terra e contratos temporários que não serão renovados, além de uma redução de 25 por cento no salário dos funcionários.
O plano de restruturação, que ainda não foi tornado público, poderá reduzir a frota da TAP, actualmente com 101 aeronaves, em 13 ou 16 aviões.
Além do Estado português, os accionistas da empresa são o empresário português Humberto Pedrosa (22,5 por cento) e os trabalhadores do próprio (5 por cento) grupo.
A TAP registou perdas de 582 milhões de euros no primeiro semestre, cinco vezes superior ao buraco registado no ano passado.
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