Macau. Instituto Cultural quer classificar mais doze bens imóveis

O Instituto Cultural lançou esta quarta-feira o lançamento de uma consulta pública que vai procurar recolher a opinião da população sobre a inclusão, na lista do Património Cultural, de doze imóveis de interesse cultural. Entre os conjuntos de interesse histórico e cultural que o organismo se propõe classificar estão os vestígios arqueológicos do antigo Colégio de São Paulo, a Igreja de Nossa Senhora das Dores e a antiga leprosaria de Ka-Ho.

O Instituto Cultural explica que os 12 bens imóveis foram propostos para classificação por reflectirem “as características culturais locais”, apresentarem “documentação completa e bem fundamentada”, cumprirem “todos os requisitos para a classificação” e necessitarem “urgentemente de obras de conservação” ou se encontrarem “em risco”.

Numa conferência de imprensa realizada esta terá-feira, a vice-presidente do organismo, Leong Wai Man, explicou ainda que o terceiro grupo proposto para inclusão na lista de bens imóveis do Património Cultural de Macau “abrange vários tipos de edifícios, desde instalações públicas a edifícios religiosos, sítios arqueológicos e residências unifamiliares”.

A lista dos doze bens  imóveis foi apresentada em detalhe. Entre os candidatos estão os vestígios arqueológicos do antigo Colégio de São Paulo e três troços do antigo muro da estrutura, bem como um edifício construído pelo arquitecto português Carlos Rebelo de Andrade em 1919 e um dos primeiros exemplares no território do modelo da arquitectura residencial de estilo “Casa Portuguesa”.

O grupo inclui ainda a Vila de Nossa Senhora, antiga leprosoaria de Ká-Hó, fundada em 1885, e a igreja de Nossa Senhora das Dores, inaugurada em 1966, ambas em Coloane.

A lista inclui ainda dois pagodes – o de Seak Kam Tong Hang Toi, em Macau, e o de Sam Seng, em Ká-Hó – bem como a antiga ponte-cais da Taipa, a ponte-cais de Coloane e três pontes-cais situadas no Porto Interior, a começar pela ponte-cais número 1, actualmente absorvida pelo complexo arquitectónico que aloja o Museu Marítimo.

O Lar da Santa Casa da Misericórdia e a casa construída na década de 20 pelo magnata Hee Cheong na Calçada da Vitória são outros dos doze imóveis que o Instituto Cultural quer ver classificados, depois de ter classificado um primeiro grupo de nove imóveis em 2017, os estaleiros de Lai Chi Vun em 2018 e um segundo grupo de nove imóveis no ano passado.

De acordo com Leong Wai Man, neste momento o território possui 147 imóveis classificados.

A consulta pública tem início esta quarta-feira e prolonga-se até 23 de Janeiro.

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