Covid-19. Agência suíça de medicamentos analisa candidatas a vacina

A Swissmedic, a agência suíça de medicamentos, iniciou recentemente a análise da vacina experimental contra a Covid-19 produzida pelo laboratório norte- americano Moderna, que apresentou um pedido de autorização nesse sentido, anunciou na sexta-feira a agência helvética. O organismo recordou que as solicitações relativas às vacinas da AstraZeneca e Pfizer/BioNTech já estão a ser analisadas.

A solicitação do laboratório Moderna faz parte de um procedimento de revisão contínua, que permite avaliar os dados assim que estiverem disponíveis e atualizá-los sem esperar os resultados finais de todos os estudos em andamento, disse a Swissmedic em comunicado.

A agência suíça de medicamentos pode assim “ter uma ideia inicial do perfil benefício/risco” das vacinas em estudo, antes mesmo de os ensaios clínicos realizados para a sua autorização estarem totalmente concluídos. A estratégia torna possível iniciar rapidamente a avaliação de eventuais fármacos e assegurar ao mesmo tempo uma análise cuidadosa da sua segurança, eficácia e qualidade.

A empresa de biotecnologia americana já apresentou dados sobre aspectos pré-clínicos, sobre os primeiros aspectos clínicos, bem como sobre a qualidade da preparação da vacina em estudo, chamada mRNA-1273.

A agência suíça de medicamentos já tinha recebido em Outubro os primeiros pedidos para examinar as vacinas da AstraZeneca, primeiro, e depois da Pfizer.

Em Agosto, a Confederação já tinha assinado contrato com Moderna para a aquisição de 4,5 milhões de doses para garantir à Suíça acesso rápido à vacina.

Embora a Suíça conte com uma grande indústria farmacêutica que contribui com quase 20 por cento das suas exportações, os seus grandes laboratórios não estão envolvidos na corrida à vacina, tendo a Novartis vendido as suas últimas actividades neste campo em 2015 como parte de um grande processo de reorganização do seu portfólio de tratamento.

O grupo suíço Lonza, que é um dos maiores fornecedores da indústria farmacêutica, por outro lado assinou contrato de fornecimento com a Moderna em Maio para fornecer os componentes necessários à fabricação da vacina.

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