O primeiro-ministro tailandês, Prayut Chan-O-Cha, pediu calma, nesta terça-feira, num momento em que aumentam as tensões entre os manifestantes –que exigem reformas há meses – e os adeptos da monarquia.
“Peço a todas as partes que evitem enfrentamentos e se abstenham de violar a lei de uma maneira tão excessiva que obrigue as autoridades a recorrerem a todas as medidas ao seu alcance para fazer com que a lei seja respeitada”, disse o chefe de governo, muito criticado pelos manifestantes, que pedem a sua renúncia.
“Os confrontos não são a forma de resolver um problema”, defendeu, acrescentando que ambas as partes têm o direito de expressar a sua opinião, desde que o façam em conformidade com a lei.
Há meses que milhares de manifestantes pedem, diariamente, reformas da monarquia, um tema tabu no país, assim como a renúncia do primeiro-ministro Prayut Chan-O-Cha, um antigo chefe militar que esteve por detrás de um golpe de estado em 2014.
As manifestações lideradas por estudantes também pedem mudanças na Constituição elaborada pelos militares e a renúncia do governo, suspeito de perseguição a adversários políticos.
Os grupos que defendem a monarquia organizaram contramanifestações que terminaram em confrontos com os que pedem nas ruas a reforma da instituição.
No domingo, a polícia usou jatos d’água para dispersar milhares de manifestantes que protestavam em Banguecoque para pedir que o rei Maha Vajiralongkorn se mostre favorável ao diálogo.
Inúmeros militantes pró-democracia e líderes estudantis foram presos e acusados de terem participado nas manifestações. Alguns foram acusados de sedição e de violência contra a rainha, crime que pode levar a uma pena de prisão perpétua.
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