Sinovac defende segurança da vacina que está a ser testada no Brasil

A farmacêutica chinesa Sinovac defendeu na terça-feira a segurança da vacina contra a Covid-19 que está a desenvolver, a Coronavac, após os testes terem sido suspensos no Brasil devido um “evento adverso grave”.

“O estudo clínico no Brasil está a ser realizado de maneira rigorosa e conforme os requisitos das boas práticas clínicas. Estamos convencidos da segurança da vacina”, indicou a empresa num comunicado. “Após contacto com o nosso parceiro brasileiro, o Instituto Butantan, soubemos que a sua direcção acredita que este evento adverso grave não está ligado à vacina”, completa a nota.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária brasileira (ANVISA) informou no início da semana que tinha suspenso temporariamente os testes no país para avaliar os dados observados até ao momento e julgar o risco ou benefício da continuidade do estudo: “Com a interrupção do estudo, nenhum novo voluntário poderá ser vacinado”, indicou o órgão brasileiro em comunicado.

A ANVISA ainda destacou que que, segundo regulamentos nacionais e internacionais de Boas Práticas Clínicas, os dados sobre voluntários de investigações devem ser mantidos em sigilo, pelos princípios de confidencialidade, dignidade humana e protecção dos participantes.

De acordo com a agência, o “efeito adverso grave”, que não foi relatado, aconteceu a 29 de Agosto. A paralisação interrompe testes com cerca de 9 mil voluntários no país.

Ainda segundo a ANVISA, os eventos que estão incluídos na classificação utilizada para parar os testes estão os casos de morte, situação potencialmente fatal, incapacidade ou invalidez persistente ou significativa, internamento hospitalar do paciente, entre outros.

Actualmente há dez vacinas contra o coronavírus na terceira e última fase de testes clínicos. No desenvolvimento de cinco delas há empresas chinesas parcial ou totalmente envolvidas.

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