Em estado de emergência desde segunda-feira, Portugal voltou a bater nas últimas horas o recorde de falecidos devido ao novo coronavírus num único dia. O país bateu também um novo recorde no que toca ao número de hospitalizados, que aumentaram de forma constante nas últimas semanas. O aumento fez com que os cuidados intensivos estejam já a metade da sua capacidade para pacientes com Covid-19.
O dado foi revelado pelo primeiro-ministro, António Costa, numa entrevista televisiva na qual disse estar “surpreendido” pela chegada da segunda vaga da Covid-19 em outubro – antes do previsto, afirmou- e nega que haja risco de colapso na saúde pública.
Neste momento, disse o primeiro-ministro português, “praticamente ainda temos uma capacidade de metade das camas de cuidados intensivos destinadas à Covid-19. Se conseguimos controlar a pandemia agora, vamos conseguir viver sem o risco de um colapso”.
Existem actualmente 2.651 pessoas internadas em centros médicos, 391 nos cuidados intensivos, os números mais altos da pandemia.
De acordo com António Costa, a linha vermelha da saúde pública são 704 camas ocupadas por pacientes Covid nas UCI, podendo-se inclusivamente chegar ao um cenário em que serão destinadas 944 camas de cuidados intensivos para esse efeito, embora esse panorama venha a requerer, explicou, “perturbar” a atenção a pacientes não Covid.
Junto com os recordes de hospitalizados, Portugal voltou a registar esta segunda-feira um máximo de falecidos num único dia: 63. A fasquia deixou o balanço total de óbitos por coronavírus em 2.959.
Leave a Reply