OMS. Washington questiona termos do inquérito sobre as origens do coronavírus

 Os Estados Unidos defenderam esta terça-feira que os termos sob os quais uma equipe de especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) deverá investigar as origens do novo coronavírus não foram negociados de forma transparente,  nem condizem com a autoridade concedida pelos países-membros.

O governo do presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, acusa a agência das Nações Unidas de ser “sinocêntrica”, o que o seu director-geral, Tedros Adhanom Ghebreyesus, negou por várias ocasiões. Trump acusa a República Popular da China de ter ocultado a dimensão do seu surto inicial.

Garrett Grigsby, chefe de assuntos globais do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA, disse à assembleia ministerial da Organização Mundial de Saúde que os países-membros só foram informados sobre os termos de referência da investigação alguns dias atrás: “Os TOR (termos de referência) não foram negociados de forma transparente com todos os Estados-membros da OMS. Os termos de referência e a própria investigação parecem ser incoerentes com a autoridade concedida pelos Estados-membros”, disse, sem dar detalhes.

No dia 30 de Outubro, Mike Ryan, principal especialista de emergências da OMS, disse que a equipa de cientistas liderada pela entidade, bem como os parceiros chineses tinham realizado uma primeira reunião virtual a respeito das investigações conjuntas sobre a origem do novo coronavírus, que surgiu na China no final do ano passado. O responsável garantiu que a OMS actuará presencialmente na hora certa.

De acordo com uma contagem da agência Reuters, mais de 50,74 milhões de pessoas de todo o mundo já foram infectadas e 1,26 milhão morreram por causa do coronavírus.

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