Ao fim de dois meses de um aumento constante no número de infeções que a levaram a ser o país da Europa mais afectado pela Covid-19, a Bélgica assistiu finalmente a uma queda no número de novos contágios à medida que se vai notando o efeito das progressivas restrições impostas para abrandar a propagação do coronavírus.
“Tínhamos constatado (na segunda-feira) pontos positivos na evolução dos números, e felizmente esta tendência positiva parece confirmar-se”, disse o porta-voz francófono do comité técnico contra o coronavírus, o virologista Yves van Lanthem.
Embora a incidência acumulada na Bélgica continue a ser a mais elevada da Europa, com 1.775 novos casos por 100.000 habitantes nos últimos 14 dias, a média semanal de pessoas com Sars-CoV-2 caiu quatro por cento, marcando o primeiro declínio nesta segunda vaga da pandemia.
A tendência parece confirmar a melhoria dos dados observados em dias recentes, nas quais já se notava o efeito do recolher obrigatório e do encerramento de hotéis, de espaços de lazer, de cultura e de desporto, assim como a obrigação do teletrabalho, restrições que têm sido aplicadas progressivamente nas últimas semanas: “Os dados mostram que as medidas implementadas estão a funcionar (…). E esperamos muito do efeito das medidas que acabam de começar”, resumiu o porta-voz.
As empresas não essenciais pararam também a sua actividade na última segunda-feira, uma medida cujo impacto na situação epidemiológica é esperado no final da próxima semana.
Sem fazer testes é mais que óbvio que os números descem… Só quem tem sintomas é que faz testes logo so esses contam. Podem estar 100 infectados num escritório mas se não há sintomas não são testados. A lógica da batata está a dar resultados. Já o Trump dizia a uns meses, sem testes não há infectados.