Oito pessoas estão detidas sob custódia policial desde esta manhã no âmbito da investigação sobre o ataque com faca ocorrido na sexta-feira em Paris, que tinha como objetivo as antigas instalações do semanário satírico Charlie Hebdo. O ataque esteve na origem de dois feridos graves, informou uma fonte judicial à AFP.
No sábado à tarde, foi detido um “ex co-inquilino” em Cergy (departamento de Val d’Oise, norte de Paris) do principal suspeito, que se apresenta como Hassan A., um paquistanês de 18 anos.
Os oito que estão sob custódia policial são quem se identifica como Hassan A., cinco ex-co-inquilinos do seu apartamento em Pantin (no norte de Paris), o seu irmão mais novo e ainda uma conhecida.
Na noite de sexta-feira, um homem à princípio considerado suspeito e colocado sob custódia policial, “Youssef”, argelino de 33 anos, foi solto. O homem, um “herói” de acordo com o seu advogado, na verdade tentou deter o atacante com uma faca. A informação foi depois corroborada pela investigação.
O principal suspeito do ataque em frente às antigas instalações do Charlie Hebdo, “assumiu a sua responsabilidade” pelo acto no sábado, admitindo que decidiu agir contra o semanário pelo jornal ter voltado recentemente a publicar caricaturas do profeta Maomé, de acordo com fontes próximas à investigação.
Este jovem, nascido no Paquistão, acreditava que os locais atacados ainda pertenciam ao Charlie Hebdo, de acordo com as mesmas fontes.
A redação do Charlie Hebdo, que foi transferida para um local secreto há quatro anos, tem sido alvo de novas ameaças desde que este semanário satírico voltou a publicar as caricaturas de Maomé, em 2 de Setembro, com motivo da abertura do julgamento dos cúmplices dos autores do sangrento atentado em 2015.
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