China nega críticas de Washington sobre “centros de formação” em Xinjiang

A República Popular da China elogiou, na quinta-feira, a eficácia dos  “centros de formação profissional” que institui na região de Xinjiang com o intuito de garantir a  manutenção da estabilidade na região de Xinjiang, depois de os Estados Unidos da América terem considerado que se trata de “campos de concentração” destinados à minoria muçulmana.

Esta vasta região semi-desértica do noroeste da República Popular da China, há anos afectada por ataques atribuídos à minoria uigur, é governada com pulso firme por parte de Pequim, que está apostada em preservar a calma na região, segundo as autoridades chinesas.

De acordo com várias organizações humanitárias, porém, mais de um milhão de pessoas estão ou estiveram internadas em “campos”, chamados pelo governo de “centros de formação profissional” que ajudam a população a conseguir um trabalho e a distanciar-se do extremismo religioso.

Esta semana, os Estados Unidos da América anunciaram que vão bloquear uma série de bens chineses produzidos graças a “trabalhos forçados” na região de Xinjiang, incluindo aqueles que são fabricados num centro que Washington descreveu como sendo um “campo de concentração”.

A minoria uigur é o principal grupo étnico de Xinjiang, uma região que tem fronteiras comuns com o Afeganistão e o Paquistão.

Na quinta-feira, a China afirmou que a sua política de trabalho permitiu a redução do desemprego e a promoção da estabilidade na região. Conforme as autoridades locais, a região formou mais de 1,29 milhão de pessoas, e o número de habitantes que trabalha aumentou mais de 17 por cento nos últimos anos.

Esta política permitiu “uma melhora constante das condições de vida em Xinjiang”, diz o texto oficial.

Os países ocidentais e várias organizações internacionais acusam Pequim de realizar uma perseguição em larga escala contra os uigures.

Esta semana , a gigante sueca da moda H&M anunciou que encerrou as suas relações comerciais com um produtor chinês de linhas, devido a acusações de “trabalho forçado” que envolviam a minoria uigur em Xinjiang.

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