A farmacêutica Pfizer informou na terça-feira que os participantes de um estudo com a vacina experimental contra o novo coronavírus desenvolvida pela empresa estavam a apresentar efeitos colaterais leves e moderados quando administrados com o possível fármaco ou com um placebo num ensaio clínico de estágio final.
A empresa disse, durante uma sessão para investidores que os efeitos colaterais incluem fadiga, dor de cabeça, calafrios e dores musculares. Alguns participantes do ensaio também desenvolveram febre, incluindo alguns com febre elevada. Os dados são sigilosos, o que significa que a Pfizer não sabe que pacientes receberam a vacina ou o placebo.
Kathrin Jansen, chefe do departamento de investigação e desenvolvimento de vacinas da Pfizer, enfatizou que o comité independente de monitorização de dados “tem acesso a dados não ocultos para que eles nos notifiquem se tiverem alguma preocupação com a segurança e não o fizeram até o momento”.
A empresa inscreveu mais de 29.000 pessoas no seu ensaio clínico para o qual se voluntariaram no total 44 mil candidatos a imunização pela vacina experimental contra a Covid-19 que farmacêutica está a desenvolver com a parceira alemã BioNTech.
Mais de 12.000 participantes do estudo receberam uma segunda dose da vacina, disseram executivos da Pfizer numa reunião por teleconferência com investidores.
Os comentários ocorreram depois de os testes de vacina contra a Covid-19 da rival AstraZeneca terem sido suspensos em todo o mundo a 6 de Setembro, após um grave efeito colateral ter sido relatado num voluntário em quem a vacina foi testada no Reino Unido.
Os testes da AstraZeneca foram retomados no Reino Unido e no Brasil na segunda-feira, depois de terem recebido sinal verde dos reguladores britânicos e brasileiros, mas continuam paralisados nos Estados Unidos.
A Pfizer espera ter resultados sobre se a vacina funciona no mês que vem.
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