Cientistas britânicos desenvolveram um modelo com um escala de quatro níveis para prever o risco de morte em pacientes hospitalizados com Covid-19. Os investigadores afirmam que a nova escala deve ajudar os médicos a decidirem rapidamente como melhor tratar cada doente.
A ferramenta, detalhada num estudo publicado no jornal médico BMJ, na quarta-feira, ajuda os médicos a colocarem os pacientes em um dos quatro grupos de risco da Covid-19: baixo, intermediário, alto ou muito alto risco de morte.
Com os hospitais ao redor do mundo a receberem vagas consecutivas de pacientes com Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, os médicos disseram que precisam de ferramentas mais rápidas e precisas para identificar pacientes com o maior risco de morte e ajudar a fornecer tratamento direccionado.
O novo modelo – denominado Índice de Mortalidade 4C (Consórcio Clínico de Caracterização de Coronavírus) – usa dados como a idade, o sexo, as condições pre-existentes, a respiração e o nível de oxigénio no sangue para definir em que escalão poderão ser colocados os pacientes. Os resultados dos estudos mostram que o estudo consegue prever o risco com mais precisão do que outros 15 modelos comparáveis, de acordo com os investigadores. O novo método, asseguram, também foi mais útil em tomadas de decisões clínicas.
Através do recurso aos dados, a calculadora de risco dá pontuações entre 0 e 21 pontos, disse o professor de cirurgia e dados científicos da Universidade de Edimburgo Ewen Harrison, co-líder do estudo. Pacientes com pontuação de 15 ou mais têm um risco de mortalidade de 62 por cento em comparação com 1 por cento daqueles que pontuam 3 ou menos.
Os investigadores disseram ainda que os pacientes com um baixo Índice de Mortalidade 4C podem não precisar de internação em hospitais, enquanto aqueles em grupos de risco médio ou alto podem receber tratamento mais agressivo com rapidez, incluindo esteróides e internação em unidades de tratamento intensivo, caso seja necessário.
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