As autoridades chinesas voltaram esta segunda-feitra a suspender a renovação das credenciais e das autorizações de residência de alguns jornalistas de órgãos de comunicação social norte-americanos. A decisão constitui uma retaliação depois das autoridades de Washington terem aumentado o escrutínio sobre os jornalistas chineses que trabalham nos Estados Unidos da América.
A medida esta segunda-feira anunciada pelas autoridades chinesas é a mais recente manifestação da deterioração das relações entre os dois países. A cadeia televisiva norte-americana CNN confirmou que o correspondente na China David Culver está entre os jornalistas a quem foi rejeitada a renovação da credencial emitida pelo ministério dos Negócios Estrangeiros da China.
Pequim disse ao jornalista que a decisão não está relacionada com as reportagens que produz, mas que se trata, isso sim, de uma medida em resposta às acções do governo de Donald Trump face aos correspondentes chineses acreditados nos Estados Unidos da América.
A CNN e o jornal New York Times avançaram que outros órgãos foram alvo de medidas semelhantes. Washington formalizou a decisão de reduzir o número de cidadãos chineses que podem trabalhar nas delegações de alguns meios de comunicação social chineses. O Executivo norte-americano reduziu os vistos de trabalho dos jornalistas chineses para um período de apenas 90 dias.
A China respondeu na mesma moeda em Março, ao expulsar jornalistas do New York Times, do Wall Street Journal e do Washington Post.
Washington justificou a sua decisão com queixas de que os jornalistas chineses que trabalhavam para a imprensa oficial agiam mais como propagandistas e agentes do Partido Comunista Chinês do que como repórteres.
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