Covid-19. Coreia do Sul adopta regras de distanciamento mais duras

Centros de ensino particulares fecharam portas pela primeira vez na capital da Coreia do Sul na segunda-feira e o tráfego fluiu sem complicações no primeiro dia útil sob regras de distanciamento mais  duras, concebidas para evitar uma segunda onda de infecções pelo novo coronavírus.

Na sexta-feira, a Coreia do Sul adoptou a medida inédita de restringir a operação de restaurantes, cafés e centros de explicações na área da grande Seul . As igrejas, os clubes nocturnos e a maioria das escolas publicas já tinham sido encerradas.

A decisão foi tomada porque as anteriores restrições à circulação não impediram o aparecimento de uma série de focos de coronavírus em igrejas, escritórios, lares de idosos e instalações médicas.

O Centro para Controle e Prevenção de Doenças da Coreia (KCDC) relatou 238 casos novos até a meia-noite de domingo, a maioria em Seul e nas regiões vizinhas. Foi o 18º dia em que se registaram aumentos de infecções diárias na casa dos três dígitos.

“Quanto mais minuciosas forem as regras relativas ao distanciamento social adoptadas esta semana, maiores são as hipóteses dos nossos esforços para quebrar os elos e as infecções e controlar a disseminação”, defendeu o director do KCDC, Jeong Eun-kyeong, numa conferência de imprensa.

Até agora, a Coreia do Sul relatou um total de 19.947 infecções e 324 mortes pela Covid-19, a doença respiratória causada pelo coronavírus.

Menos carros e pessoas saíram na segunda-feira às ruas da capital no horário de pico da manhã, já que as empresas incentivaram os seus funcionários a trabalharem a partir de casa.

O governo reduziu a presença de funcionários públicos nos escritórios, e muitas corporações, como as gigantes tecnológicas Samsung Electronics, LG e SK Hynix, ampliaram ou reinstauraram directrizes de teletrabalho: “A empresa permitiu o teletrabalho pela primeira vez porque o número de casos continuava a aumentar”, disse Oh Yun-mi, funcionário de 36 anos de uma empresa de manufactura que nunca tinha trabalhado a partir de casa.

Centros de ensino particulares, que funcionaram normalmente em Março, durante a primeira onda de infecções de coronavírus do país, foram interditados.

Existem 25 mil estabelecimentos do género em Seul, e a nível nacional três de quatro crianças do primeiro ao 12º grau frequentam tais valências na esperança de melhorar as suas perspectivas num sistema educativo notoriamente competitivo.

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