McDonald’s processa ex-CEO por relações sexuais com funcionárias

A McDonald’s processou no início da semana o seu antigo director executivo Steve Easterbrook, demitido em Novembro do ano passado por ter mantido relações com uma funcionária. Uma recente investigação interna revelou que o gestor também escondeu outros relacionamentos, destruiu provas e cometeu fraude.

A empresa alega, em documentos entregues a um tribunal no estado norte-americano de Delaware, que o antigo director executivo teve relações sexuais com três funcionárias um ano antes de ser demitido. A empresa está apostada em recuperar a indemnização de 40 milhões de dólares que pagou pelo seu afastamento do cargo, informou a “CNN”.

Easterbrook foi demitido por ter uma relação consensual de sexting – mensagens de texto ou vídeo com conteúdo sexual – com uma funcionária, o que viola as políticas da empresa.

O então director disse que aquele foi o único contacto “íntimo” que teve com qualquer subordinado, mas a empresa recebeu em Julho uma denúncia anónima de que Easterbrook manteve outras relações sexuais enquanto comandava a empresa, o que desencadeou uma nova investigação.

A acção apresentada esta segunda-feira cita como provas “dezenas de vídeos e fotos de nudez explícita e parcial de várias mulheres”, incluindo as três funcionárias em questão, conteúdos que Easterbrook supostamente enviou a partir do seu e-mail corporativo.

De acordo com a investigação, Easterbrook “aprovou a oferta de acções extraordinárias no valor de centenas de milhares de dólares a uma dessas funcionárias”.

A McDonald’s alega que o antigo director executivo mentiu aos investigadores internos e ao conselho de administração, levando-os a acreditar que a sua demissão poderia ser considerada “sem justa causa”, razão pela qual conseguiu obter uma indemnização e vários bónus que acabaram por atingir a fasquia dos 42 milhões de dólares.

Easterbrook, que assumiu o comando da empresa em 2015, foi imediatamente substituído por Chris Kempczinski, que dirigia a McDonald’s nos Estados Unidos.

Num e-mail aos funcionários divulgado pela imprensa americana, Kempczinski adiantou na segunda-feira que a McDonald’s “recentemente tomou conhecimento, através do relato de um funcionário, de novas informações relacionadas à conduta” de Easterbrook: “Sabemos agora como a sua conduta se desviou dos nossos valores de formas muito mais grave do que sabíamos quando ele deixou a empresa, no ano passado. A McDonald’s não tolera comportamentos de nenhum funcionário que não reflitam os nossos valores”, acrescentou.

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