
A companhia aérea de bandeira do território, a Air Macau impôs um corte salarial de 90 por cento aos pilotos e outros funcionários que ficaram retidos fora da Região Administrativa Especial de Macau devido ao surto epidémico do novo coronavírus. A informação foi esta terça-feira avançada pelo Jornal Tribuna de Macau.
O jornal escreve que cerca de sete dezenas de pilotos da transportadora aérea encontram-se ausentes do território, devido às medidas de contingência impostas pelas autoridades locais. Os funcionários afectados pela pandemia receberam apenas dez por cento do salário base a que tinham direito, informa o Tribuna de Macau.
Em declarações ao jornal, alguns dos funcionários afectados dizem que tiveram de cancelar os respectivos contratos de arrendamento que mantinham no território e de vender os seus bens com o propósito de pagar despesas.
Os funcionários da companhia aérea que ainda se encontram em Macau, escreve o jornal, mantêm-se ao serviço e estão a receber cerca de 80 por cento do salário. De acordo com o Tribuna de Macau, 15 pilotos e outros tantos co-pilotos mantêm-se ao serviço, assegurando os poucos voos disponibilizados pela empresa.
A Air Macau anunciou recentemente que vai restabelecer ligações aéreas semanais para Banguecoque, para Seul, para Tóquio e para Kaoshiung, para além de lançar voos diários para Taipé.
Para manter a licença profissional, os pilotos terão de concluir pelo menos três descolagens e três pousos nos últimos 90 dias. A frequência actual das rotas de voo não permite que cerca de uma centena de pilotos da companhia aérea cumpram tais requisitos.
Na notícia esta terça-feira publicada, o Jornal Tribuna de Macau adianta ainda que quatro pilotos brasileiros foram demitidos por tentar ludibriar a empresa. Os profissionais alegadamente iniciavam a contagem de horas de voo mais cedo do que seria suposto, com o propósito de inflacionar os respectivos pagamentos.
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