A gigante chinesa de telecomunicações Huawei não vai ser totalmente arredada do mercado francês das redes 5G, mas as operadoras francesas que usarem a tecnologia chinesa vão receber autorizações operacionais limitadas a oito anos, informou no domingo a Agência Nacional de Segurança de Sistemas de Informação.
O anúncio materializa-se após várias controvérsias sobre o envolvimento da Huawei na rede 5G, depois de vários países ocidentais terem proibido a empresa de participar activamente no desenvolvimento das suas redes por razões de segurança.
“O que posso dizer é que não haverá proibição total. As operadoras que não usam a Huawei, pedimos que não o façam porque é o sentido natural das coisas”, disse Guillaume Poupard, director da agência. “A quem já recorre à Huawei, concederemos autorizações cuja duração varia entre três e oito anos”, disse Poupard em entrevista ao jornal económico Les Echos.
As restrições provavelmente terão o poder de limitar o acesso da Huawei à rede 5G na França.
A Huawei investiu milhares de milhões de dólares nessa tecnologia, o futuro sistema de telecomunicações móveis, competindo principalmente com a Ericsson, da Suécia, e com a Nokia, da Finlândia.
Os Estados Unidos, o Reino Unido e outros países defendem que a Huawei representa um risco para a segurança, principalmente porque o seu fundador, Ren Zhengfei, é um antigo engenheiro do Exército Popular de Libertação.
A Huawei garantiu que romperá alianças com qualquer país hostil e se concentrará em trabalhar com países onde for bem-vinda.
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