O controverso plano do Botswana para permitir a retoma da caça de elefantes foi adiado devido às medidas de isolamento social para conter o novo coronavírus, permitindo uma nova esperança aos 277 paquidermes que podiam legalmente ser caçados.
O país, que tem a maior população de elefantes do mundo, esteve debaixo de críticas das associações ambientais no ano passado, quando anunciou que ia levantar a proibição da caça de elefantes, que estava em vigor desde 2014.
O Governo argumentou que os 130 mil elefantes estavam a destruir as colheitas e a prejudicar os agricultores e que ia ter um forte impacto na indústria de safaris, que movimenta 2 mil milhões de dólares por ano.
Com os cancelamentos de grande parte das viagens turísticas para África, os operadores que compraram as licenças de caça, que tinham sido leiloadas pelo Governo, dizem que não vai haver tempo para cumprir as quotas.
“Se o surto se estender por mais de três meses, a temporada de caça será demasiado curta para cumprir as quotas e encaixar todos os caçadores”, disse a Associação da Vida Selvagem do Botswana, num comunicado citado pela agência de informação financeira Bloomberg.
Em 16 de Março, o Presidente do Botswana, Mokgweetsi Masisi, anunciou a proibição de voos provenientes de 18 países de risco, entre os quais os Estados Unidos da América, que representavam 80 por cento do mercado de caça em 2014.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infectou cerca de 540 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 25 mil.
Dos casos de infecção, pelo menos 112.200 são considerados curados.
Depois de surgir na República Popular da China, em Dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
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