Covid-19. Sérvia, Camarões e Vaticano entram no mapa do novo coronavírus

O ministro da Saúde da Sérvia anunciou esta sexta-feira que foi detectado no país o primeiro caso de uma pessoa infectada pelo surto de coronavírus num homem que regressou recentemente de uma viagem à Hungria.

“O primeiro caso de coronavírus foi confirmado na Sérvia. É um homem de 43 anos, de Subotica, que recentemente esteve na Hungria, em Budapeste”, disse Zlatibor Loncar, em conferência de imprensa hoje realizada.

O homem está em isolamento no hospital de Subotica, no norte da Sérvia, e o seu estado de saúde é estável, referiu o ministro, acrescentando que as pessoas com quem o doente entrou em contacto já foram submetidas a análises.

“Não há necessidade de entrar em pânico, é preciso adoptar um comportamento que siga as recomendações das autoridades”, recomendou Zlatibor Loncar.

A Sérvia é o quarto país da região com casos de infecção pelo coronavírus que provoca a doença de Covid-19, depois de a Croácia ter anunciado 11 casos no país, a Macedónia do Norte ter registado um caso e a Bósnia ter dois casos.

A epidemia de Covid-19, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, já provocou mais de 3.450 mortos e infetou mais de 98 mil pessoas em 85 países, incluindo nove em Portugal.

 Um primeiro caso do novo coronavírus foi confirmado também nos Camarões, anunciou esta sexta-feira o ministro da Saúde camaronês adiantando que o paciente infectado é um cidadão francês que chegou a Yaoundé no dia 24 de Fevereiro.

“O Ministro da Saúde Pública anuncia a confirmação de um caso de Covid-19 em território camaronês”, escreveu Manaouda Malachie num comunicado de imprensa.

O portador do vírus é “um cidadão francês, de 58 anos, que chegou a Yaoundé em 24 de Fevereiro”, acrescentou.

O paciente foi colocado “em isolamento num centro de cuidados” no hospital central de Yaoundé, uma das principais unidades hospitalares públicas, segundo Malachie, considerando que foi “a vigilância activa posta em prática (nos Camarões) que tornou possível detectar este caso”.

Nem o Vaticano escapa

O primeiro caso de contaminação com o coronavírus no Vaticano foi registado no pequeno centro médico localizado dentro da cidade-Estado, que anunciou que vai ter de encerrar portas temporariamente para desinfeção, mantendo só as emergências abertas.

“Todos os serviços de consultas deste centro foram temporariamente fechados para limpar as instalações após a descoberta ontem (na quinta-feira) de um caso positivo de Covid-19 num paciente”, disse o porta-voz do minúsculo estado dirigido pelo papa, Matteo Bruni.

O Vaticano tem cerca de 1.000 moradores e, de acordo com a mesma fonte, “todos os doentes que passaram pelo centro médico estão a ser avisados”.

Na quinta-feira, o Vaticano anunciou estar a estudar medidas para impedir a disseminação do coronavírus, que serão tomadas em coordenação com as adoptadas pelas autoridades de Itália, onde existem mais de 3.000 infectados e cerca de 150 mortos.

“As atividades do Santo Padre, da Santa Sé e do Estado da Cidade do Vaticano nos próximos dias serão sujeitas às medidas que estão a ser estudadas para impedir a propagação do Covid-19”, também em coordenação com as autoridades italianas, disse o porta-voz.

O Governo da Itália decretou a suspensão de qualquer evento que envolva concentrações de muitas pessoas, a fim de conter a epidemia.

O papa está constipado há vários dias, sem sintomas atribuíveis a outras patologias, e não pode participar nos exercícios espirituais da Quaresma.

A Conferência Episcopal Italiana anunciou na quinta-feira que todas as missas da semana serão suspensas nas três regiões mais afectadas pelo Covid-19: Lombardia, Veneto e Emilia-Romagna, mas também em algumas províncias como Savona, Pesaro e Urbino.

Por enquanto, as missas de domingo serão mantidas, mas as pias baptismais foram esvaziadas e foi proibido apertar as mãos ou beijar outras pessoas durante o abraço da paz nas celebrações.

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