Entre ameaças e promessas. China tenta influenciar eleições em Taiwan

A apenas alguns dias das eleições em Taiwan, a República Popular da China está a tentar colocar em prática uma estratégia de “empurra e puxa”. Pequim reivindica a ilha como sendo território chinês, ameaçando o Governo formosino, ao mesmo tempo que procura persuadir os eleitores com a promessa de políticas mais amigáveis.

Taiwan, que se afirma como um país independente, desconfia há muito das investidas chinesas no sentido de influenciar as suas eleições em favor de candidatos que possam olhar com maior condescendência para Pequim.

O medo da República Popular da China tornou-se um elemento importante da campanha, impulsionado não apenas pelos protestos antigovernamentais na vizinha Região Administrativa Especial de Hong Kong, mas também por um discurso que o presidente chinês, Xi Jinping, fez em Janeiro do ano passado em que descreve a agenda de “reunificação” da República Popular da China, no qual não descurava o recurso ao  uso da força.

A presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, e o governo que lidera estão a tentar fazer passar a mensagem de que as pessoas devem “proteger” Taiwan da República Popular da China quando votarem nas eleições presidenciais e parlamentares de 11 de Janeiro.

Na quinta-feira, o Ministério da Defesa de Taiwan disse que a República Popular da China fez navegar um grupo de cruzadores pelo estreito de Taiwan, algumas semanas depois de ter conduzido a sua ultima missão militar na zona.

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