
O presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, e o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, deveriam assinar esta quarta-feira um acordo de livre-comércio, mas impasses de última hora obrigaram ao adiamento do acordo. Aspectos como a exportação de carros japoneses contribuíram para a decisão.
Ameaçando aplicar tarifas semelhantes às que aplica aos produtos chineses, Donald Trump tentou chegar a um acordo que reduza o déficit comercial americano com o Japão e beneficie os agricultores, sector crucial para as suas ambições eleitorais.
Contudo, as negociações podem ter sido bloqueadas devido a temas sensíveis, como o dos carros, de acordo com a imprensa japonesa.
Em troca de uma redução significativa das tarifas sobre produtos agrícolas americanos, Tóquio quer que Trump assuma o compromisso de se abster de impor tarifas de 25 por cento aos carros japoneses, um elemento essencial para a economia japonesa.
Em 2018, o déficit comercial dos Estados Unidos com o Japão foi de 58 mil milhões de dólares. O Japão exportou 51 mil milhões em automóveis, de acordo com dados oficiais. As autoridades norte-americanas não forneceram qualquer informação sobre o assunto.
No discurso que proferiu esta terça-feira na ONU, Trump, que tentará a reeleição no próximo ano, celebrou o acordo com Tóquio. “Amanhã vou me encontrar com o primeiro-ministro Abe, do Japão, para avançar e concluir um novo acordo comercial”, prometeu o chefe de Estado norte-americano.
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