O mês de Junho foi o mais quente em 140 anos de medições de natureza meteorológica, estabelecendo um recorde global. Os dados constam do mais recente relatório mensal do clima, divulgado nesta quinta-feira, pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA).
O relatório evidencia que a temperatura média global em Junho foi 1,71 grau Fahrenheit acima da média do século XX de 59,9 graus F (15,5 graus Celsius), marcando o 414º mês consecutivo em que as temperaturas ficaram acima da média do século XX.
Entre os dez meses de Junho mais quentes registados nos últimos 140 anos, nove foram registrados desde 2010, disse a NOAA.
A Europa, a Ásia e a África, bem como o Hawai’i e a região do Golfo do México, experienciaram o mês de Junho mais quente da história.
As temperaturas médias na França, na Alemanha e no norte da Espanha, países que se depararam com uma onda de calor, chegaram a marcar 18 graus F acima do que é considerado normal, com as temperaturas em França a alcançar os 46 graus Celsius.
A temperatura média global da superfície do oceano foi um 1,46 grau F mais elevada que a média média mensal do século XX, de 61,5 graus F (16 graus Celsius), empatando com 2016 como a mais elevada temperatura oceânica global alguma vez registada em Junho. O gelo do oceano Antárctico chegou ao seu menor nível já registrado, 8,5 por cento abaixo da média de 1981 a 2010, mostraram os dados.
Com as temperaturas registadas até ao momento a baterem recordes, os responsáveis pela NOAA dizem que há cem por cento de hipóteses de que 2019 irá constar entre os cinco anos mais quentes de sempre. O organismo destaca a necessidade de que os governos tomem acções colectivas para conter a intensificação do impacto da mudança climática.
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