Manifestantes e agentes das forças de segurança da vizinha Região Administrativa Especial de Hong Kong voltaram este domingo a envolver-se em confrontos. Um grupo de manifestantes ocupou uma estrada em Sha Tin, nos Novos Territórios, mantendo a pressão sobre o Governo.
A polícia usou gás pimenta e carregou à bastonada contra grupos de manifestantes que ocuparam uma estrada em Sha Tin, uma das principais áreas residenciais dos Novos Territórios.
Protegidos com máscaras, os manifestantes responderam com a construção de barricadas com cercas de metal, envolvendo-se depois em confrontos com a polícia de intervenção.
Dezenas de milhares de pessoas marcharam em Sha Tin, naquele que foi o quinto fim de semana consecutiva de grandes manifestações na vizinha Região Administrativa Especial: “Já saímos à rua tantas vezes, mas o Governo ainda não nos escutou. Tem nos forçado a protestar todos os dias”, disse Tony Wong, de 24 anos, à agência France Press.
A antiga colónia britânica está há várias semanas mergulhada na maior crise política de que foi palco desde o regresso à soberania chinesa, em 1997. O território vizinho foi palco de manifestações massivas que, em alguns casos, levaram a violentos confrontos entre a polícia e uma minoria de manifestantes mais radicais.
A 1 de Julho manifestantes, muitos deles mascarados, invadiram o Conselho Legislativo e causaram sérios danos no edifício.
O projeto de lei foi retirado, mas não totalmente excluído, o que não contribuiu para acalmar os ânimos. O movimento tornou-se mais amplo, exigindo reformas democráticas e o fim da erosão das liberdades na antiga colónia britânica.
Os manifestantes também exigem uma investigação independente sobre o uso de gás lacrimogêneo e balas de borracha pela polícia, a amnistia dos detidos e a renúncia da chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam.
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