Uma delegação comercial dos Estados Unidos da América vai à República Popular da China “num futuro muito próximo” para retomar as negociações entre os dois países e tentar encerrar a guerra comercial que já dura há um ano. A informação foi na sexta-feira avançada por um conselheiro norte-americano.
Robert Lighthizer, representante norte-americano para o Comércio, e Steven Mnuchin, secretário do Tesouro norte-americano, vão liderar a delegação, disse ao canal de televisão CNBC Peter Navarro, um dos principais conselheiros para a área do comércio do Presidente norte-americano, Donald Trump.
As negociações entre Estados Unidos da América e República Popular da China para acabar com a disputa comercial recomeçaram – após uma interrupção abrupta em Maio – na reunião entre Trump e seu homólogo Xi Jinping à margem da cimeira do G20, em Osaka, no Japão, final de Junho.
Navarro recusou-se a dar detalhes sobre as negociações: “Estamos num período de discrição”, disse apenas o conselheiro do Presidente Trump.
Na quinta-feira, o Presidente dos Estados Unidos acusou a China de não comprar produtos agrícolas norte-americanos, como Pequim se comprometido a fazer.
Trump declarou no final da cimeira do G20 que tinha concordado em congelar a imposição de tarifas aduaneiras punitivas sobre 300 mil milhões de dólares em importações de produtos chineses ainda não sobretaxados.
Em troca, o Presidente norte-americano disse que a China iria “comprar uma incrível quantidade de alimentos e produtos agrícolas, num período muito breve”.
Pequim divulgou esta sexta-feira os números relativos ao comércio externo em Junho. As exportações chinesas caíram em junho (-1,3 por cento) em relação ao mesmo período no ano passado. No entanto, mantiveram-se em crescendo em maio (+ 1,1 por cento), apesar das novas taxas alfandegárias impostas a muitos produtos chineses exportados para os Estados Unidos da América.
Quanto às importações, continuaram a cair em Junho (-7,3 por cento), de forma muito mais pronunciada do que o esperado pelos especialistas entrevistados pela agência Bloomberg (-4,6 por cento).
Leave a Reply