Numa parte do sul e do leste da República Popular da China já não chovia tanto há mais de meio século. As chuvas torrenciais e as inundações destruíram casas, danificaram plantações e forçaram à retirada de quase 80 mil pessoas, noticiou a imprensa estatal do Continente.
Os estragos são avultados, mas o mau tempo parece ter vindo para ficar. Há previsão de mais chuvas para o fim-de-semana, noticiou a televisão estatal nesta quinta-feira, depois da precipitação média nas áreas afectadas esta semana ter sido 51 por cento superior à registada nos períodos correspondentes de anos anteriores. Foi também a maior desde 1961.
A TV estatal mostrou imagens de edifícios submersos e ruas inundadas em algumas das áreas mais atingidas. As composições que circulam na ferrovia que liga Pequim a Guangzhou sofreram atrasos porque a subida do nível das águas bloqueou uma ponte em Hunan, província do entro do país, acrescentou a CCTV.
Os aguaceiros mais recentes provocaram perdas equivalentes a 392 milhões de dólares, 126.100 hectares de terras de cultivo foram danificados e 1.600 casas desmoronaram, estima o Ministério da Administração de Emergência.
Mais de 77 mil pessoas foram retiradas das respectivas habitações, acrescentou o Executivo chinês.
Entre as áreas afectadas estão Hunan e Jiangxi, Zhejiang e Fujian e ainda a parte norte de Guangxi, região do sudoeste chinês.
As três primeira áreas devem ser alvo de mais uma leva de chuvas torrenciais na sexta-feira e no sábado, disseram autoridades meteorológicas, assim como a província central de Hubei, Anhui Ocidental e a província de Guizhou, no sudoeste.
O rio Yangtze, em Jiangxi, deverá ultrapassar o nível de alerta pela primeira vez este ano no proximo domingo devido a aguaceiros intensos que se podem prolongar até terça-feira, de acordo com a televisão estatal chinesa.
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