O Governo Central disponibilizou-se esta quarta-feira para dialogar com Taiwan, desde que o diálogo promova a “reunificação” e o desenvolvimento de relações pacíficas entre Pequim e Taipé. A possibilidade foi hoje aventada pela República Popular da China, depois do Kuomintang – o principal partido da oposição formosino – se ter mostrado disponível para assinar um tratado de paz, caso vença as eleições presidenciais agendadas para o próximo ano.
Pequim considera Taiwan como parte de seu território e prontificou-se a submeter a ilha a soberania chinesa através da força, se necessário for.
Embora a República Popular da China nunca se tenha prontificado a assinar um acordo de paz, Wu Den-yih, presidente do Kuomintang – formação política que simpatiza com Pequim – disse no início do mês que o partido poderá vir a assinar um acordo de paz com a República Popular da China, caso vença o escrutínio.
A presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, do Partido Democrático Progressista (DPP), visto como pró-independência garantiu, por sua vez, que a ilha não aceitará nenhum pacto que coloque em risco a sua soberania e a sua democracia.
O Gabinete para os Assuntos de Taiwan emitiu a primeira resposta oficial do governo à proposta de paz do Kuomintang, sublinhando que tudo que beneficie os interesses dos povos dos dois lados do Estreito deve ser promovido.
“Contanto que isso beneficie a protecção da paz no Estreito de Taiwan e fortaleça o desenvolvimento pacífico das relações, e instigue o processo pacífico de reunificação à pátria-mãe, pode ser investigado conjuntamente pelos dois lados”, disse o porta-voz do organismo, An Fengshan, durante uma conferência de imprensa.
A China traduz a palavra “tong yi” como “reunificação”, mas o vocábulo também pode ser traduzido como “unificação”, termo preferido pelos apoiantes da independência taiwanesa que lembram que o executivo comunista de Pequim nunca governou Taiwan, e que por isso as duas partes não podem ser “reunificada”.
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