Porto Interior. Paredão resolve problema das cheias, defende presidente do LECM

Ao Peng Keong defende que a solução não é somente eficaz: é também das mais rápidas e menos onerosas. O presidente do Laboratório de Engenharia Civil de Macau defendeu ainda a criação de novos aterros para que a cidade possa respirar.

O presidente do Laboratório de Engenharia Civil de Macau (LEMC), Ao Peng Kong, defendeu esta segunda-feira que a construção de um paredão na zona do Porto Interior permitiria prevenir inundações recorrentes naquela zona baixa da cidade num período de dois anos.

Numa conferência sobre os desafios e oportunidades para as áreas marítimas do território, Ao Peng Kong sublinhou que a medida constitui uma solução rápida e de baixo custo, compatível com a política de mitigação de desastres das autoridades de Macau e de requalificação da zona antiga da península, normalmente muito afectada pelas inundações.

Ao – que é também o presidente da Sociedade de Macau para o Oceano e Hidráulica – destacou ainda a importância de novos aterros na cidade para atrair a população da zona antiga e fomentar o desenvolvimento do turismo, bem como para a criação de emprego e de condições para se avançar com a renovação daquela área, durante uma iniciativa que se realizou ao final da tarde na Fundação Rui Cunha.

A requalificação da zona antiga de Macau, enumerou, seria importante ao nível da recuperação do património, da intervenção das infra-estruturas enterradas e na redefinição, atualização e correcção das antigas vias de comunicação.

Ainda em Setembro, com a passagem do tufão Mangkhut, as autoridades focaram muitos dos seus esforços para prevenir o impacto de inundações, que representam habitualmente uma ameaça para a zona do Porto Interior, na parte oeste da península.

Para o responsável do LECM, a taxa de crescimento territorial não acompanha o crescimento demográfico e económico, pelo que Macau deve apostar na cooperação e em acompanhar a estratégia nacional chinesa, de forma a garantir um desenvolvimento sustentável: “A construção de aterros pode ajudar a mitigar problemas, mas não resolve o que é fundamental, e isso só pode ser assegurado com um planeamento estratégico urbano a longo prazo”, concluiu.

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