Guo Wengui sugere que Zheng Xiaosong terá sido assassinado

Num vídeo que publicou no domingo no You Tube, o empresário, que se encontra exilado nos Estados Unidos, insinua que Zheng Xiaosong terá sido assassinado e que a morte do Director do Gabinete de Ligação poderá estar relacionada com o desaparecimento de Meng Hongwei, antigo presidente da Interpol. Guo foi acusado por Pequim de corrupção e encontra-se fugido desde então.

O bilionário chinês Guo Wengui insinuou este domingo que a morte do Director do Gabinete de Ligação do Governo Central na RAEM, Zheng Xiaosong, não se tratou de um suícidio – como sugere um comunicado do Gabinete dos Assuntos de Hong Kong e Macau do Conselho de Estado – mas sim de um homicídio.

Guo, que é acusado por Pequim de corrupção e se encontra exilado nos Estados Unidos da América, sugere ainda que a morte de Zheng estás relacionada com o desaparecimento do antigo presidente da Interpol, Meng Hongwei. As insinuações feitas pelo bilionário e activista político foram feitas num vídeo ontem publicado por Guo Wengui no You Tube, noticiou o jornal Taiwan News na sua edição electrónica.

Zheng Xiaosong liderava o Gabinete de Ligação do Governo Central no território desde Setembro do ano passado e era ainda membro do Comité Central do Partido Comunista Chinês. O responsável faleceu no sábado, depois de ter caído do apartamento em que morava.

Num breve comunicado ontem divulgado, o Governo Central adianta que Zheng sofria de depressão e sugere que terá cometido suicídio. A ocorrência está a ser investigada pelas autoridades locais, confirmou esta tarde a Polícia Judiciária.

De acordo com Guo Wengui, Zheng e Meng conheciam-se e o infortúnio sofrido por ambos está relacionado. Guo insinua ainda que Wang Zhimin, o director do Gabinete de Ligação do Governo Central em Hong Kong, também poderá estar em perigo.

O maior accionista da Beijing Zenith Holdings defende que a campanha anti-corrupção conduzida pelo Governo Central não é mais do que um mecanismo para justificar a colectivização de riqueza, que depois terá sido redistribuída por uma série de famílias com ligações aos principais quadros do Partido Comunista Chinês. Guo sugere que os dirigentes com menos poder que participaram no esforço estão agora “a ser removidos de cena”.

Na intervenção que ontem publicou no You Tube, o empresário especula ainda que dirigentes das forças de segurança pública do Continente e da poderosíssima Comissão Central de Disciplina do PCC poderão estar entre os próximos alvos do que diz ser uma purga.

 

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